Jornal Nacional


20/04/2013 21h26 - Atualizado em 20/04/2013 22h22

Operação da polícia acaba com prisão 



de suspeito em Watertown

A região metropolitana de Boston se recupera da semana trágica, que começou com explosões durante a maratona na segunda-feira e terminou com uma caçada aos dois irmãos acusados de executar o atentado.

A região metropolitana de Boston, nos Estados Unidos, se recupera da semana trágica, que começou com duas explosões durante a maratona na segunda-feira e terminou com uma caçada aos dois irmãos acusados de executar o atentado. O mais velho morreu na perseguição. O mais novo foi capturado ferido.
O estado de saúde de Dzhokar Tsarnaev, que está no mesmo hospital onde estão internadas vítimas do atentado, é grave. Segundo o governador de Massachusetts, ele ainda não tem condições de se comunicar. Mas uma equipe especial já está se preparando para interrogá-lo assim que ele melhorar.
Dzhokar foi preso na sexta-feira depois de passar o dia escondido em um barco em Watertown. A polícia divulgou imagens feitas de um helicóptero durante a ação. As imagens foram obtidas por câmeras que são sensíveis à temperatura. É possível ver nas fotos o que parece ser uma luz forte vinda de dentro o barco. Foi quando a polícia teve certeza de que, realmente, havia alguém escondido ali.
Durante toda a madrugada, moradores de Boston e das cidades vizinhas celebraram. Um importante capítulo do pesadelo que começou na segunda-feira com a explosão de duas bombas em uma das maratonas mais importantes do mundo havia terminado.
Do centro de Watertown, saiu a notícia que todo mundo esperava: 26 horas depois de o FBIdivulgar as fotos dos dois suspeitos a caçada chega ao final.
O coronel da polícia disse que estava exausto, mas que tinha vencido a batalha. "Esta noite, acho que todos vamos dormir tranquilos", afirmou o governador de Massachusetts.
O presidente Barack Obama foi informado imediatamente da prisão de Dzhokar Tsarnaev. Em um pronunciamento, ele garantiu que o FBI vai continuar a investigação para explicar como e porque o ataque foi planejado e executado.
Era o final de uma longa caçada pelos irmãos Tamerlan e Djorrar Tsarnaev que mobilizou milhares de agentes.
Os suspeitos mataram um policial no campus do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Cambridge. Eles roubaram um carro, fizeram o motorista refém e admitiram para o motorista que eram os responsáveis pelas explosões na maratona.
De acordo com a imprensa americana, durante a fuga, os suspeitos pararam ao lado de outro carro que estava estacionado. E pegaram armas e explosivos dentro do veículo.
Algum tempo depois, o refém foi liberado em um posto de gasolina e avisou à polícia. Começou então uma perseguição violenta até a cidade de Watertown, na região metropolitana de Boston.
Mais de 200 tiros foram disparados. Os suspeitos jogaram granadas contra os policiais. Tamerlan Tsarnaev, de 26 anos, ficou gravemente ferido no tiroteio e morreu no hospital. O irmão mais novo, Dzhokar, conseguiu escapar.
Enquanto as autoridades revistavam as casas, ele passou o dia escondido. E só foi encontrado no início da noite. Ele estava ferido, dentro de um barco que estava no quintal de uma casa.
"O morador saiu de casa e viu sangue no barco. Levantou a lona que cobria o barco e viu um homem sangrando muito. Ele recuou e ligou para gente", explicou o policial.
Imediatamente, todas as equipes foram para o local. A polícia cercou a casa. Muitos tiros foram disparados. Depois de quase duas horas, Dzhokar foi capturado. Gravemente ferido, ele foi levado de ambulância para o hospital.
A repórter Elaine Bast conversou por telefone com dois brasileiros no momento em que eles acompanhavam de perto toda a ação em Watertown.
Por causa do tiroteio, as irmãs Luciana e Márcia Cardoso não conseguiam chegar em casa.
“Achei que ia morrer, eles estavam falando que ele estava em uma casa azul e a casa da minha irmã é azul. Todo mundo correu para a casa da minha irmã”, conta Luciana.
Daniel Fonseca contou que as janelas da casa dele foram atingidas pelas balas. “Começou o tiroteio, a gente correu para a sala e eu falei: ‘Não, vamos para o porão, porque o porão é mais seguro’. Depois disso já teve tiroteio mais duas vezes aqui e a gente não tem como sair”.
A rua onde o Daniel ficou fechada. Só os moradores podiam passar, enquanto o FBI fazia a perícia, inclusive na casa dele, que tem marcas de tiro.
Na manhã deste sábado, Daniel Fonseca e a filha Bianca, de 5 anos, saíram de casa pela primeira vez. Ele está aliviado, mas não consegue esquecer as duas horas de horror que viveu com a família no porão da casa onde mora. “A gente vê na televisão, mas nunca pensa que vai viver isso”, disse.
A casa de Márcia fica quase em frente ao terreno onde Dzhokar estava escondido e foi usada pelo FBI como base para a ação. As três filhas pequenas e o marido estavam em casa. “Foi um pânico. Eu vi a morte muito perto de mim”, conta.
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